A maior parte das pessoas não sabe, mas o urologista também tem é muito importante na saúde feminina, porque ele é o especialista em doenças do aparelho urinário, ou seja, os rins, bexiga, ureteres e uretra. Agende uma consulta para saber como está sua saúde.
A bexiga hiperativa é uma síndrome definida pela Sociedade Internacional de Continência como urgência urinária (correr para ir ao banheiro). Geralmente, é acompanhada de frequência (várias vezes ao banheiro para urinar) e noctúria (acorda à noite para urinar), com ou sem incontinência urinária (IU) de urgência, na ausência de infecção do trato urinário (UTI) ou outra patologia óbvia. Aproximadamente dois terços dos pacientes que relatam sintomas de urgência e frequência não tem incontinência simultânea (bexiga hiperativa seca), enquanto um terço experimenta incontinência com seus sintomas.
Causa
A causa da bexiga hiperativa não é bem compreendida, mas acredita-se que seja multifatorial por natureza as contrações involuntárias do detrusor (músculo da bexiga), que podem ser espontâneo ou provocado.
Diagnostico
Para p diagnóstico, precisa-se do histórico e do exame físico detalhado. Além disso, o teste urodinâmico pode ser indicado para investigar mais a bexiga hiperativa.
Tratamento
O manejo da bexiga hiperativa inclui o tratamento de qualquer condição médica reversível subjacente que contribui para a síndrome, como o uso de antibióticos para infecções de urina, intervindo para incontinência urinária de esforço por meio de cirurgia, perda de peso ou tratamento médico e, ainda, otimizando o controle da glicose no diabetes, com o objetivo de avançar em direção a tratamentos direcionados a sintomas específicos da bexiga.
Terapia comportamental
As modificações comportamentais são recomendadas como o tratamento de primeira linha. O processo envolve a educação do paciente sobre os efeitos da cafeína e da ingestão de líquidos no intestino em função dos sintomas e, em seguida, trabalha com a micção programada. Um programa é desenvolvido para aumentar os intervalos entre as micções para tentar suprimir a urgência e diminuir os episódios de incontinência.
Além disso, aumentando a força do assoalho pélvico e a capacidade do indivíduo de segurar uma contração, pode resultar em tempo extra (talvez apenas mais alguns segundos) para chegar ao banheiro e evitar vazamentos.
Terapia Medicamentosa
O uso de anticolinérgicos é o tratamento com melhor resultado na atualidade.
Trata-se de um sintoma de perda urinária decorrente de esforço que pode ser causada por atividades, como: espirrar, tossir, exercitar-se, levantar-se ou mudar de posição.
Quase 50% das mulheres adultas podem apresentar incontinência urinária, a perda involuntária de urina. Entretanto, apenas 25% das mulheres afetadas procuram atendimento e, dessas, menos da metade recebe tratamento. As recomendações para a avaliação inicial da incontinência inclui: histórico, exame físico, teste de infecção urinária, teste de estresse urinário e avaliação de resíduo pós-esvaziamento.
Terapia
A terapia inicial para a incontinência deve começar com medidas não invasivas, como modificações do estilo de vida, incluindo a cessação do tabagismo, independentemente do subtipo de incontinência.
Além disso, faz-se necessário o controle da constipação e prevenção do excesso de líquidos, com redução do consumo de cafeína carbonatada em bebidas, bebidas dietéticas e álcool. Deve ser discutido o gerenciamento da ingestão de líquidos e o planejamento para urinar em intervalos personalizados para cada paciente (normalmente, a cada 2 a 3 horas), além de terapia medicamentosa.
Fortes evidências apoiam, também, a recomendação para perda de peso em mulheres com excesso de peso com incontinência urinária.
Cirurgia
A cirurgia é altamente eficaz, com taxas medianas de cura de 84,4%.
Anualmente, 20% das mulheres têm 1 episódio de infecção do trato urinário feminino (ITU), sendo que 50% de todas as mulheres terão, pelo menos, 1 episódio de ITU depois do primeiro episódio. Por fim, estima-se, ainda, que 24% das mulheres vão ter outro episódio em 6 meses, 2 a 5 % terá o itu de repetição.
Cistite não complicada em mulheres
A cistite não complicada é definida como uma inflamação aguda não recorrente da bexiga em uma mulher saudável, não grávida, sem anormalidade anatômica ou funcional do urinário.
Sintomas
Os sintomas são: início agudo de disúria (dor para urinar); aumento da frequência urinária (ir varias vezes ao banheiro); urgência urinária (ter que correr para ir ao banheiro urinar); dor suprapúbica (dor no “pé” da barriga / sensibilidade na uretra e hematúria – sangue visivel na urina).
A infecção recorrente do trato urinário (rITU) é definida como recorrência de, pelo menos, três ITU em um ano ou, pelo menos, dois episódios em seis meses. 25% das mulheres que tiveram uma ITU irão desenvolver um novo episódio dentro de seis meses.
Tratamento
Os episódios agudos devem ser tratados empiricamente (sem coleta de exame de urina, somente com avaliação dos sintomas e exame fisico) com o antibiótico mais indicado para aquele paciente.
Para a profilaxia (prevenção), fazem-se necessárias algumas medidas comportamentais, como: boa ingesta hídrica; micção de horário para não deixar bexiga encher muito; profilaxia não antimicrobiana; e profilaxia antimicrobiana.
Além disso, os fatores de risco para rUTI devem ser identificados e tratados da melhor maneira possível.