A infertilidade é definida como a incapacidade de conceber após 1 ano de relação sexual desprotegida. Aproximadamente, 15% dos casais são afetados por infertilidade no mundo. O fator masculino pode desempenhar um papel em até 50% dos casais inférteis.
A infertilidade é considerada uma doença do sistema reprodutor, cujas funções não se encontram em estado normal. Ela é constatada após um período de 12 meses de tentativa de concepção sem sucesso, em que o casal manteve relações sexuais sem a utilização de métodos contraceptivos.
Existe forte associação de alguns fatores e infertilidade masculina, dentre eles:
Estilo de vida; distúrbios endocrinológicos, como obesidade/diabetes/alteração de hormônio masculino (testosterona baixa); infecções do trato gênito urinário, como as sexualmente transmissível (sífilis/tuberculose); disfunções sexuais (ejaculação precoce/dificuldade de ereção); uso de drogas, como tabagismo/etilismo/maconha/uso de testosterona exógena/quimioterapia; toxinas, como inseticida/fungicida/pesticida; estresse; hipertensão/doença coronariana/doença vascular periférica.
Durante a avaliação inicial do casal infértil, será realizada a anamnese com toda história clínica e sexual abrangente, com avaliação de antecedentes pessoais e familiares para descartar algum problema genético, cirurgia, uso de medicação ou doença que possa levar a essa dificuldade de concepção.
Também faz-se necessário o exame físico geral para avaliar a genitália masculina, para descartar qualquer alteração anatômica peniana ou testicular, por exemplo, para descartar a possibilidade de varicocele – que é uma causa frequente (presente em até 40% dos homens inférteis) de infertilidade masculina tratável.
Por fim, realiza-se a avaliação por exames complementares, que serão individualizados em cada caso específico e que podem conter: exames de sangue básicos, avaliação hormonal, exames de imagem testicular, espermograma e avaliação genética, em alguns casos.